quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Especialistas defendem aspectos regulatórios para as “cópias” de medicamentos biológicos; para a população, benefício é o acesso às drogas de alta tecnologia com possível redução de preço
Se por um lado a biotecnologia tem se mostrado como uma ferramenta de inovação na indústria farmacêutica e, consequentemente, no tratamento de doenças crônicas – como câncer, diabetes, artrite reumatoide, hepatites, psoríase, escleroses múltiplas, entre outras -, por outro, ainda há uma série de questões a serem esclarecidas.
Há cerca de cinco anos o tema vem sendo debatido globalmente com ênfase nos medicamentos biossimilares, um assunto ainda pouco conhecido entre a população. A principal questão sob a ótica de muitos especialistas é a qualidade desses produtos, considerando a eficácia e segurança aos pacientes.
Os biossimilares são cópias autorizadas (desenvolvidas após a expiração das patentes) dos medicamentos biológicos, que são produzidos a partir de células vivas. Porém, não podem ser considerados genéricos.
“Ao contrário dos medicamentos sintéticos, os biológicos não permitem cópias idênticas e, portanto, isso pode implicar tanto na eficácia quanto na segurança desses produtos”, justifica o consultor em medicina farmacêutica, Valdair Pinto.
Ele explica que os medicamentos biológicos são produzidos por meio de processos de alta complexidade, por organismos vivos, como por exemplo, bactérias, fungos, vírus, células vegetais e, portanto, podem sofrer modificações quando submetidos a variações das condições de conservação e armazenamento.
E por serem formados por moléculas complexas têm ação direcionada a alvos terapêuticos únicos, não acessíveis às drogas farmacêuticas tradicionais. Ou seja, os biológicos são desenvolvidos para atingir as moléculas específicas do sistema imunológico, responsáveis pelo surgimento de uma determinada doença. Esse é um motivo pelo qual vêm sendo muito utilizados no tratamento de neoplasias (tumores) e da artrite reumatoide. Já os sintéticos, agem em múltiplos locais.
Apesar da produção dos biossimilares e biológicos ainda ter um custo muito alto para as indústrias, esse mercado tem se mostrado crescente e alertado a classe médica em relação ao padrão de qualidade.
“É uma história recente, de pouco mais de 30 anos. O que implica é que a manufatura é bem mais complexa. As moléculas biológicas demandam especificidades pelo tamanho, estrutura, formulação, manuseio, vias de administração, entre outros“, explica o doutor em reumatologia Valderílio Feijó Azevedo, que nesta semana coordenou o 4° Fórum Latino-Americano de Biossimilares (FLAB) e 5° Fórum Brasileiro de Biossimilares, realizados paralelamente em Brasília (DF).
De acordo com ele, “todo fabricante deve ter um plano de manejo de risco de seu produto biossimilar aprovado com as mesmas exigências e adequações solicitadas para moléculas inovadoras. A intenção é harmonizar as regulamentações no Brasil. É buscar manter o padrão de qualidade e eficácia desses produtos”, completa.
Em uma projeção de especialistas, o crescimento do mercado de biológicos se configura hoje em quase o dobro dos sintéticos. Para se ter uma ideia, cerca de 40% dos medicamentos que as indústrias em todo o mundo produzem são biológicos. Segundo Azevedo, atualmente são mais de 700 moléculas em ensaios clínicos.
Entre alguns exemplos dessa classe estão os hormônios como insulinas, vacinas, fatores de coagulação, trombolíticos, citocinas como interferonas, heparinas, fator anti-hemofílico e anticorpos monoclonais e proteínas de fusão.
A repórter viajou a convite da Pzifer, Janssen e Abbvie
Fonte: Folha de Londrina
http://www.artritereumatoide.blog.br/2014/09/15/os-desafios-dos-biossimilares/?
Especialistas defendem aspectos regulatórios para as "cópias" de medicamentos biológicos; para a população, benefício é o acesso às drogas de alta tecnologia com possível redução de preço Se por um lado a biotecnologia...

domingo, 14 de setembro de 2014

Comemoração do aniversário de 09 anos do Gruparsa 
No sábado, 14 de setembro, os associados se reuniram para o encontro que acontecem mensalmente. E no final da reunião houve uma comemoração, festejando os 09 anos de existência do GRUPARSA. A associado Meirita presentiou o grupo com um lindo bolo personalizado!















quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Depoimento da associada Valdete

Agora em setembro o GRUPARSA está comemorando 9 anos.  Foram tempos difíceis, mas com muitas vitória também.
Durante esse tempo como associada, fiz grande amizades, fui fortalecida   e busquei ajudar com minhas próprias experiências, à outras pessoas que estão passando por algum tipo de problema, assim como eu.
Fui testemunha de como é difícil tirar as pessoas do seu comodismo, para batalhar por melhorias,  mesmo se  tratando  de pessoas que sofrem de uma doença tão cruel como a A.R.
Descobri como enfrentar as dores, como acreditar nos médicos e confiar nos medicamentos.
Aprendi que quando estamos juntos temos mais chance de ser ouvidos e atendidos nas nossas necessidades, mesmo que não consigamos tudo, sempre conseguimos mais do que sozinhos.
Hoje eu estou ciente e gostaria de passar para vocês, que precisamos nos mobilizar, frequentar as reuniões e eventos, procurando contribuir com o grupo, de acordo com as possibilidades de cada um,  para que consigamos conquistar mais respeito e fazer valer nossos direitos como portadores de uma DOENÇA AUTO-IMUNE, junto às Autoridades de Saúde e perante nossa sociedade,  que pouco conhece desse assunto.
Gostaria que todos entendessem,  que só unindo forças, é que teremos mais chance de lutar por melhores condições no atendimento, médicos Reumatologista  para atender à Rede do SUS, mais área de dispensação de medicamentos de infusão, divulgação para mais rápido e melhor diagnostico da doença, e muitas outras necessidades que só quem está enfrentando esse tipo de problema é que conhece.
Já encontra-se no congresso pra ser votado a documentação para a criação do Dia Nacional do portador de Artrite, que será em setembro e será chamado de “SETEMBRO VERDE”. A inclusão dessa data no calendário nacional, é mais uma conquista  para nós  portadores de Artrite.
Devemos todos nos empenhar para chamar a máxima atenção e divulgação do Dia Nacional da AR, o SETEMBRO VERDE. 
Acreditamos que  já em 2015 contaremos com mais essa vitória.
Junte-se a nos, participe, filie-se!
Valdete carvalho,
Associada do GRUPARSA desde 2007.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

REMÉDIOS BIOSSIMILARES TRAZEM MENOS EFEITOS COLATERAIS E TENDEM A GANHAR ESPAÇO
Identificar a letra "G” em uma embalagem de remédio logo nos faz concluir que trata-se de um medicamento genérico, aquele com substância ativa idêntica à do original e até 80% mais barato.
Já os chamados biossimilares, cópias autorizadas dos remédios biológicos (feitos a partir de células vivas), na maior parte das vezes passam despercebidos.
A boa notícia é que a produção deles – considerados mais eficazes do que os sintéticos, porque são direcionados a alvos terapêuticos específicos – está ganhando força no Brasil e deverá atingir níveis ainda melhores nos próximos cinco anos, prazo previsto para vigorarem as medidas de incentivo anunciadas pelo governo federal no ano passado.
O assunto foi debatido durante o 4º Fórum Latino-Americano de Biossimilares, realizado paralelamente ao 5º Fórum Brasileiro de Biossimilares, em Brasília.
Segundo o reumatologista e coordenador dos eventos, Valderílio Feijó Azevedo, o país já está entrando na era de grandes produções de biofármacos, avanço importante para garantir autonomia nacional.
"Estamos vendo cada vez mais medicamentos biológicos surgindo no mercado para tratar tanto doenças inflamatórias autoimunes quanto raras e neoplásicas. Agora, também vamos assistir aos biológicos serem produzidos para outras enfermidades, como infectocontagiosas, doenças crônicas e cardiovasculares”, afirmou Azevedo.
Contraponto
Atualmente, grande parte desses medicamentos é direcionada para o tratamento de cânceres, diabetes, artrite reumatoide, psoríase, hepatites e esclerose múltipla. São empregados, também, em condições agudas, como tromboembolismo, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).
Apesar das vantagens dos biológicos em relação aos sintéticos, apenas 40% do que a indústria farmacêutica mundial produz são referentes aos medicamentos biossimilares. Em uma década, a estimativa é a de que essa fatia chegue a 50%, de acordo com o reumatologista.
"A importância maior desses fóruns é a educação. Houve uma época em que pacientes tratados com medicamentos biológicos e biossimilares sabiam mais sobre eles do que os próprios profissionais da saúde. Promovi um seminário com reumatologistas, uma vez, e foi algo desastroso”, disse Azevedo.
Segundo ele, a questão é, de fato, complexa, mas o Brasil tem demonstrado grande avanço nesse assunto. O país foi o primeiro da América do Sul a regulamentar os biossimilares e o pioneiro, junto à Venezuela, na regulamentação dos biológicos.
Fonte: Portal Reumatoguia  pt-br.facebook.com/reumatoguia?activecategory=Fotos&session...