Uso de cortisona no tratamento da artrite reumatoide pode ser reduzido, sugere estudo
É
possível reduzir drasticamente o uso de cortisona no tratamento de
artrite reumatoide, doença que atinge três vezes mais mulheres do que
homens em idade adulta. É o que aponta um recente estudo feito por
pesquisadores franceses que utilizaram medicamento biológico em 130
pacientes com artrite reumatoide e publicado recentemente no Oxford Journals Rheumatology.
E a ideia vem sendo comprovada na prática clínica por uma das maiores autoridades em doenças reumáticas no Brasil, a Dra. Evelin Goldenberg, médica da Unifesp, que já eliminou a cortisona em muitos pacientes e obteve resultados ainda melhores. “Eliminar a cortisona é um passo fundamental no tratamento especialmente porque os pacientes são predominantemente mulheres e os efeitos colaterais da cortisona são muito agressivos”, avalia a reumatologista.
Ganho
de peso, aparecimento de estrias, espinhas e pelos são alguns dos
efeitos colaterais mais comuns ao tratamento com cortisona. As pacientes
também podem desenvolver “moonface” (ou “cara-de-lua-cheia”: quando o
rosto fica totalmente arredondado) e os riscos de diabetes,
osteoporose, glaucoma e hipertensão também aumentam com o uso intensivo
da droga. “O resultado é a destruição da autoestima da mulher”,
explica a Dra. Goldenberg. “Por isso a comprovação de que os
medicamentos biológicos podem até mesmo eliminar o uso de cortisona é
uma grande notícia para os pacientes. Vale lembrar que esses
medicamentos estão disponíveis via SUS e planos de saúde”, completa.
O
estudo conduzido na Universidade de Dijon, na França, observou que
mais da metade das pacientes (53,8%) com artrite reumatoide reduziram
as suas doses diárias de corticoides, passando de 10 mg/diários na
primeira semana para 5 mg/diários ou menos na vigésima quarta. A
corticoterapia foi retirada completamente em um paciente na quarta
semana, três na oitava, oito na décima segunda, e 15 pacientes na
vigésima quarta.
A
artrite reumatoide é um dos tipos mais comuns de doenças reumáticas,
que só no Brasil atingem mais de 12 milhões de pessoas, de acordo com o
Ministério da Saúde. Não existe cura para artrite reumatoide, mas o
diagnóstico precoce e tratamento adequado permitem que o paciente possa
desfrutar de boa qualidade de vida, sem limitações.
Sobre a Dra. Evelin Goldenberg
A
Dra. Evelin Goldenberg é mestre e doutora em Reumatologia, médica do
corpo clínico recomendada pelo Hospital Albert Einstein e médica
reumatologista na Clínica Reumatológica Goldenberg, um dos principais
centros de referência no tratamento de doenças reumáticas no Brasil há
mais de 40 anos. É autora de mais de uma dezena de livros com tiragens
esgotadas, como “Reumatismo: a caminho da cura”, “O coração sente, o
corpo dói”, “Osteoporose masculina”, “Viver bem depende de você.
Articule-se!”.
Por: Barcelona Comunicação Estratégica