sábado, 3 de agosto de 2013

Pesquisa da USP/RP descobre processo para bloquear dor inflamatória

No estudo, os pesquisadores descobriram que uma proteína, chamada de fractalcina, está envolvida na ativação das dores crônicas de origem inflamatória.

Um estudo de pesquisadores do Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto (SP), pode ajudar na elaboração de medicamentos mais eficazes – e com menos efeitos colaterais – para o controle de dores decorrentes de inflamações.

Um artigo sobre a pesquisa, assinado pelos professores Sergio Henrique Ferreira e Thiago Mattar Cunha, pelo pós-doutor Guilherme Rabelo e pelo pós-graduando Jhimmy Talbot, todos do Departamento de Farmacologia da faculdade, foi publicado em junho na revista científica Proceedings of the National Academy of Science, dos Estados Unidos.

Segundo o professor do Departamento de Farmacologia, Thiago Mattar Cunha, os pesquisadores trabalham há mais de 20 anos para tentar entender a gênese da dor, principalmente no caso de origem inflamatória. “Nossa ideia é que, se conseguirmos entender como a dor aparece e o que está por trás do surgimento da dor inflamatória, a gente possa, baseado nesse conhecimento, desenvolver um novo medicamento”, disse Cunha à Agência Brasil.

No estudo, os pesquisadores descobriram que uma proteína, chamada de fractalcina, está envolvida na ativação das dores crônicas de origem inflamatória. Se os receptores da proteína forem bloqueados, acreditam os pesquisadores, as dores inflamatórias, tais como as que ocorrem na artrite reumatoide, poderão ser controladas.
Fonte: Correio Braziliense.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2013/07/28/interna_ciencia_saude,379445/pesquisa-da-usp-descobre-processo-para-bloquear-dor-inflamatoria.shtml.


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Em experiência com animais, os pesquisadores observaram que existe um tipo celular, chamado de células satélites, que estabelecem o último contato com os neurônios que transmitem a dor. “Nós demonstramos que estas células, que estão envoltas no corpo desse neurônio e que não tinham uma função patológica conhecida, são fundamentais para esse processo de dor inflamatória”, explicou.

Além da descoberta da importância das células satélites no mecanismo da dor, os pesquisadores conseguiram, segundo ele, demonstrar como elas são ativadas e quem é a responsável por essa ativação: a fractalcina. “Essa proteína, a fractalcina, é liberada durante o processo inflamatório e ativa essa célula satélite. Existe um local específico onde essa fractalcina atua, que chamamos de receptor. A ideia então é desenvolver um fármaco ou uma molécula que bloqueie esse receptor e que impeça que a fractalcina se ligue a esse receptor e ative a célula satélite”.

Segundo Cunha, indústrias farmacêuticas já estão desenvolvendo medicamentos para bloquear o receptor da fractalcina. Mas a ideia do grupo de pesquisadores da USP é que, em médio prazo, seja criado um remédio para ser testado contra a dor inflamatória, com menos efeitos colaterais, e que venha, no futuro, amenizar dores de pessoas que sofrem com artrite reumatoide, osteoartrite, gota e até traumas cirúrgicos e torções. “O que queremos é desenvolver fármacos que sejam efetivos no tratamento da dor e que tenham menos efeitos colaterais para melhorar a qualidade de vida do paciente”, ressaltou.

“Já existem fármacos no mercado contra a dor inflamatória. Estes anti-inflamatórios que se toma, tal como a aspirina, são efetivos. O grande problema está relacionado com os efeitos colaterais que eles apresentam e que tem muito a ver com o sistema cardiovascular e com o sistema gastrointestinal. São efeitos que limitam a utilização. Um paciente que tem artrite reumatoide e que vai precisar tomar medicamento por mais de um ou até 20 anos, ele não vai suportar estes efeitos colaterais por muito tempo. Nossa ideia é achar um mecanismo importante e, a partir disto, compor novas drogas para conter esse processo”, disse o professor.
 
Fonte: www.artritereumatoide.blog.br/tag/grupo-encontrar/

terça-feira, 18 de junho de 2013

segunda-feira, 29 de abril de 2013



Tenho Artrite Reumatoide, posso tomar vacina da Gripe?


Ministério da Saúde prorroga a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe até o dia 10 de maio. Devem se vacinar idosos com mais de 60 anos, crianças de seis meses a dois anos, indígenas, gestantes, mulheres no período de até 45 dias após o parto (em puerpério), pessoas privadas de liberdade, profissionais de saúde, além das pessoas que têm doenças crônicas do pulmão, coração, fígado, rim, diabetes, imunossupressão e transplantados.

Nós que temos Artrite Reumatoide ou outra Doenças Reumática e Imunomediadas temos o direito de tomar a vacina da gripe..nos “enquandramos no ítem Imunossupressão”.
Pessoas que convivem com Artrite Reumatoide, Artrite Idiopática Juvenil e usam medicamentos imunossupressores, como o Metotrexato, Prednisona, Medicamentos Biológicos, Leflunomida, Azatioprina, Sulfassalazina, Ciclosporina ou qualquer outro medicamento que baixe a imunidade, podem receber vacinações simultâneas.
É proibido as vacinas vivas. As vacinas vivas não devem ser administradas concomitantemente quando usamos imunossupressores.
Entretanto, não há restrição quanto a vacina da gripe (Influenza), que é considerada uma vacina inativa, compostas de microrganismos inativados, o que significa que estes não mais se encontram vivos, logo incapazes de multiplicarem-se.
Portanto a vacina da Gripe (Influeza) é uma vacina de microrganismos inativos, ou seja não tem vírus vivo, e nem causa gripe, apenas protege da gripe. E a Gripe por Influenza em pessoas imunodeprimidas pode trazer complicações sérias. Por isso vacine-se!!!
Muito tem se falado sobre a vacinação da pessoa com Artrite Reumatoide, a orientação correta é sempre “consulte o seu médico reumatologista”, porém, a Sociedade Brasileira de Reumatoide traz um consenso sobre as recomendações de vacinas quando a pessoa tem Artrite Reumatoide.
O Ministério da Saúde fornece gratuitamente a vacina contra Gripe, para tomar a vacina basta ir ao posto de saúde mais próximo e apresentar a carteirinha de vacinação levando consigo um relatório médico relatando que é portador de doença reumática, a vacina da gripe este ano está sendo aplicada em pessoas com doenças crônicas. A vacina está disponível nas Unidades Básicas de Saúde até sexta feira dia 10 de Maio de 2013.

Segue um resumo da recomendação do último consenso da Sociedade Brasileira de Reumatologia;
1) Antes de iniciar tratamento com drogas modificadoras do curso de doença, deve-se revisar e atualizar o cartão vacinal;
2) As vacinas contra influenza sazonal e contra H1N1 estão indicadas anualmente para pacientes portadores de AR;
3) A vacina antipneumocócica deve ser indicada para todos os pacientes;
4) A vacina contra varicela deve ser indicada para pacientes com história negativa ou duvidosa de infecção prévia por varicela;
5) A vacina contra HPV deve ser considerada em adolescentes e mulheres jovens;
6) A vacina antimeningocócica é indicada para pacientes portadores de AR apenas em casos de asplenia ou deficiência de complemento;
7) Existe orientação de imunização contra o Haemophilus influenzae tipo B de pacientes adultos asplênicos;
8) Não há indicação de uma vacina adicional contra BCG em pacientes com AR;
9) A vacina contra hepatite B é indicada para pacientes com anticorpos contra HBsAg negativos; considerar a vacina contra hepatite A em combinação com a hepatite B;
10) Pacientes com grande risco de contrair tétano que receberam rituximabe nas últimas 24 semanas devem utilizar imunização passiva com imunoglobulina antitetânica;
11) A vacina contra febre amarela é contraindicada nos pacientes com AR em uso de imunossupressores;
12) As recomendações acima descritas devem ser revisadas ao longo da evolução da AR.
13) A melhor pessoa para avaliar todas essas condições é o seu médico reumatologista converse com ele!
Veja no link abaixo o Consenso completo da Sociedade Brasileira de Reumatologia
para a Vacinação da pessoa portadora de Artrite Reumatoide

Fonte: Blog da Saúde http://www.blog.saude.gov.br/